Igreja de São Joaquim

Durante a construção da linha 3 do VLT, em 2018, foram encontrados fragmentos, objetos e ossadas da igreja, construída em 1758 e demolida durante a reforma Pereira Passos, em 1904.

Durante as escavações para a passagem do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT carioca, foram encontrados muitos indícios de um Rio de Janeiro já desaparecido. Não à toa, uma equipe de arqueólogos acompanhou o trabalho anterior à instalação dos trilhos, podendo topar com descobertas como, por exemplo, a dos alicerces da Igreja de São Joaquim, encontrados em 2018. A pequena igreja barroca foi construída em 1758, no local onde é, hoje, o entroncamento da avenida Passos com a rua Marechal Floriano, ao lado de um antigo seminário que deu lugar ao Colégio Pedro II.

Foto: Igreja de São Joaquim – Acervo Museu da República

Além dos resquícios da construção, os arqueólogos encontraram cerâmicas e ossadas, que comprovam que a igreja servia também de cemitério, provavelmente, para alguns privilegiados da elite católica, como praxe na época. Sua demolição, em 1904, acompanhou o bota-abaixo do prefeito Pereira Passos, que fez uma reforma urbana na cidade, entre 1903 e 1906, inspirando-se na remodelagem parisiense empreendida pelo barão Haussmann.

Ossada encontrada onde era a Igreja de São Joaquim, durante as escavações das obras do VLT. Foto: Tomaz Silva – Agência Brasil

Os rastros deixados pela igreja relembram que não são apenas moradias insalubres que costumam vir abaixo com o ímpeto modernizador dos prefeitos cariocas, mas também construções históricas, prédios de feições singulares que serviriam como registro precioso de nossa memória.

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