Inspirada na obra do historiador Sidney Chalhoub, a galeria Rio, Cidade Febril narra como a cidade reagiu – e continua reagindo – às diferentes ondas e surtos epidêmicos ao longo de sua história: das recorrentes epidemias de febre amarela e varíola no século XIX até a temida – e tão estigmatizada – epidemia de Aids, passando pela Revolta da Vacina, a consolidação da Fundação Oswaldo Cruz, a chegada da gripe espanhola e, é claro, a recente pandemia de covid-19.
A história é contada não apenas do ponto de vista das doenças e suas curas, mas também como o estado e a população enfrentaram cada uma delas e as marcas sociais e culturais que ficaram gravadas na memória e na história da cidade.

Curadoria: Heloisa Starling

Existem algumas moléstias que fazem parte do cotidiano do Rio desde a chegada dos primeiros portugueses à Baía de Guanabara – muitas delas, inclusive, trazidas por estes mesmos homens. Doenças que, em sua forma epidêmica, atravessaram os séculos e marcaram, de maneira indelével, a memória da cidade e o jeito de ser do carioca.

Tão certo quanto o verão carioca é a incidência de velhas e conhecidas epidemias. Em muitos casos, o clima tropical é o ambiente perfeito para a proliferação de muitos vetores de doenças. Pequenos e temidos insetos que, além de transmitirem mais de um tipo de vírus, a cada novo ciclo das estações, alastram-se pelo Rio e perturbam a rotina da cidade.

Em muitos momentos, os caminhos das epidemias se cruzam com os da política. Por vezes, uma campanha bem-sucedida e a geração de um sentimento de coletividade. Em outros casos, negacionismo e tentativas de abafar o impacto de determinado surto. O Rio sempre foi palco para o espetáculo da relação entre Estado, poder e epidemia.

Epidemias impactam as cidades e a sociedade de diferentes maneiras. Algumas doenças vêm acompanhadas de um acentuado estigma social e um véu de preconceito e ignorância encobre o conhecimento sobre estes males. No Rio de Janeiro, a história não foi diferente, portadores de sífilis, aids e hanseníase sofreram na “pele” os estigmas das doenças que carregavam.

Na definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), pandemia é a disseminação global de uma nova doença. O termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que afeta uma região, se espalha por diferentes continentes.

A Covid-19 veio se somar a uma lista extensa de doenças que aqui desembarcaram vindas de outros países e que percorre um vasto período de tempo: cólera, gripe suína e gripe espanhola. Rio, cidade aberta para o mar, porto de entrada de doenças.

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