Oscar Niemeyer
Nascido no Rio de Janeiro, em 1907, Oscar Niemeyer é um dos maiores arquitetos do país. Seus projetos de formas curvilíneas inauguraram um novo padrão estético no Brasil, se espalharam pelo mundo e o transformaram num símbolo máximo da arquitetura moderna.
Niemeyer começou a estudar arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), em 1929. Ali, conheceu Lúcio Costa – diretor da escola a partir de 1931 – com quem foi trabalhar após se formar em 1934.
No escritório de Lúcio Costa, Niemeyer integrou a equipe que projetou a sede do Ministério da Educação e Saúde – o Edifício Gustavo Capanema – entre 1937 e 1945, sob supervisão do arquiteto suíço Le Corbusier. O edifício foi um marco para a arquitetura moderna brasileira e foi fundamental para a definição da identidade arquitetônica de Niemeyer, que pensava seus edifícios como esculturas.
Em 1937, ele desenhou a Obra do Berço (Lagoa – Rio de Janeiro), seu 1º projeto construído, inaugurando no Brasil a utilização do brise-soleil (quebra-sol). Em 1938, viajou para Nova Iorque, onde participou do projeto de criação do pavilhão brasileiro na Feira Mundial.
Entre 1940 e 1944, a convite do então prefeito de Belo Horizonte – Juscelino Kubitschek -, realizou um de seus mais importantes projetos, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, outro grande marco da arquitetura moderna. Em 1956, já como presidente, JK convidou Niemeyer a projetar os prédios públicos da nova capital, Brasília, cujo projeto urbanístico era de Lúcio Costa.
Niemeyer também estava atento às questões sociais e era filiado ao Partido Comunista desde 1945. Em 1955, fundou a Revista Módulo, com conteúdos de arquitetura e arte, mas seu posicionamento político lhe rendeu perseguições pelo regime militar e a revista foi proibida em 1964. A perseguição se manteve até Niemeyer se exilar em Paris (1967), onde abriu um escritório de arquitetura.
Voltando ao Rio, o governador Leonel Brizola (1983-87) escolheu Niemeyer para projetar o Sambódromo (1982) e os famosos “Brizolões”, os CIEPs (1983).
Com obras importantes espalhadas por várias partes do país, Niemeyer nunca parou de trabalhar. Morreu no Rio, às vésperas de completar 105 anos, em dezembro de 2012.