Ocupação em busca de solução
Autoras: Ana Beatriz, Isabella Carrielo e Julliana Mota – Turma: 3232
Em 2016, um grande caos político e econômico se alastrava por todo o Brasil: todos os estados apresentavam indícios de falência, atrasos nos salários dos servidores, congelamentos de investimentos e de planos de carreira.
Em abril daquele ano, após iniciada a greve dos professores da Escola Técnica Oscar Tenório, no bairro de Marechal Hermes, o corpo docente recebeu a notícia de que os alunos ocupariam a escola. Naquele momento, a ocupação foi a melhor solução encontrada pelos alunos, para reivindicar seus direitos e exigir que as autoridades olhassem mais para os alunos que seriam o futuro do país.
Muitas dúvidas surgiram na cabeça de todos os envolvidos: como assim, ocupar a escola? Como isso aconteceria? Será que iria realmente funcionar? O que esses alunos querem? Por que fazer isso? Quanto tempo isso vai durar?
Apesar disso, havia, entre os estudantes, a certeza de que eles iriam lutar, mesmo com medo de todo o perigo do campus deserto à noite ou a dúvida em relação às respostas do estado – eles iriam lutar e fazer valer todo o esforço.
Quando os alunos ocuparam a escola, todas as atividades foram paralisadas – dos setores administrativos às aulas. Mas ninguém ficava à toa, porque as aulas normais foram substituídas por atividades culturais e socioeducativas por cera de três meses. Os alunos reivindicavam direitos básicos de qualquer estudante: qualidade na educação, melhorias na estrutura física e na estrutura pedagógica, além de melhores condições de trabalho para os professores.
No início, o movimento foi bastante apoiado pela maioria dos responsáveis dos alunos e pelos professores. Apenas alguns funcionários não aceitaram muito bem, por serem impedidos, de certa forma, de realizarem seus trabalhos. Os setores administrativos foram bastante afetados, mas os alunos negociaram e permitiram que os funcionários trabalhassem sem atendimento ao público, apenas enviando documentos via e-mail.
Apesar de ser uma iniciativa positiva, com o tempo e com a chegada de respostas negativas da FAETEC, o movimento começou a se perder. Os responsáveis, que antes apoiavam os estudantes, passaram a pressionar pela volta das atividades normais.
O fim do movimento, de fato, aconteceu quando os alunos começaram a receber respostas negativas às suas reivindicações, além de certas “ameaças” da FAETEC, de que os funcionários só receberiam seus salários, materiais e insumos para a escola, depois do retorno das aulas, o que afetou muito o movimento.
Infelizmente nem todas as solicitações dos alunos foram atendidas pelo estado.
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