Affonso Eduardo Reidy
Affonso Eduardo Reidy é um dos ícones da arquitetura moderna brasileira. Embora tenha nascido em Paris, morou a vida toda no Rio de Janeiro e se formou pela Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), em 1930. Foi estagiário de Alfred Agache e colaborou na elaboração do Plano Diretor da cidade. A preocupação com questões sociais esteve presente desde seu primeiro projeto construído – o Albergue da Boa Vontade, no bairro da Saúde, realizado em parceria com Gerson Pompeu Pinheiro, em 1931.
Alinhado à corrente modernista, Reidy foi contratado por Lúcio Costa como professor assistente de Gregori Warchavchik e, depois, assumiu a cadeira de composição de arquitetura. Mas a carreira na ENBA durou pouco. Em 1932, se tornou funcionário da prefeitura do então Distrito Federal, onde trabalhou até o início dos anos 1960.
Em 1934, conheceu a engenheira Carmen Portinho, sua futura esposa e que teve grande influência em sua carreira.
Entre os projetos que consagraram Reidy como um dos grandes arquitetos brasileiros, estão o Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Moraes – o Pedregulho, de 1946 – , o Conjunto Habitacional Marquês de São Vicente – Minhocão, de 1952 – e o MAM Rio, de 1953.
O Pedregulho, primeiro projeto do Departamento de Habitação Popular (DHP) da prefeitura do Distrito Federal, criado em 1946, foi implementado por Carmen Portinho e rendeu a Affonso Reidy o primeiro prêmio da Bienal Internacional de São Paulo (1953). O MAM foi a primeira obra realizada em concreto aparente do país.
Além dos importantes projetos arquitetônicos, Reidy integrou a equipe que, sob a liderança de Lucio Costa e a consultoria de Le Corbusier (1887-1965), realizou o projeto do Ministério da Educação e Saúde – MES, o Edifício Gustavo Capanema, e fez parte da comissão que escolheu o local da nova capital (1954).
Reidy morreu em 1964, aos 55 anos.