O boom das galerias

Assim como na década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro passou por uma transformação no meio das artes a partir da abertura de diversas novas galerias. Sejam elas particulares ou ligadas às instituições públicas, essas galerias tiveram importante papel na consolidação dos trabalhos de diferentes artistas, curadores e colecionadores. A abertura de novos espaços comerciais como shoppings centers (o Cassino Atlântico em Copacabana e o Shopping da Gávea, por exemplo) ampliaram os espaços e os perfis desses estabelecimentos voltados para o mercado de arte. 

Para citarmos apenas algumas, de diferentes origens e perfis, temos a galeria do Instituto de Arquitetos do Brasil, a galeria BANERJ, a galeria Acervo, a abertura do Solar Grandjean de Montigny na PUC-Rio, o Centro Cultural Cândido Mendes, a galeria MP2, galerias nas universidades (UFF e UERJ), a galeria do Centro Empresarial Rio ou a Galeria IBEU.

Exposição de Leda Catunda na Galeria Thomas Cohn, Rio de Janeiro, 1993. Fonte: site Leda Catunda

Se na década de 1970 nomes como Luis Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt seguiram o legado de Jean Boghici e Franco Terranova e inovaram com suas galerias e aquisições de novos artistas, nos anos de 1980 e 1990 nomes como Paulo Klabin, Thomas Cohn e Anna Maria Niemeyer também marcaram seu tempo com perfis distintos. No caso carioca, sem dúvida foi o alemão de origem Thomas Cohn quem teve o papel mais articulado com as novas gerações que surgiam através da pintura ligada à geração 80. Foi Cohn quem exibiu pela primeira vez em sua galeria na rua Barão da Torre, Ipanema, a obra do paulistano Leonilson, além de apoiar e revelar nomes fundamentais até hoje como Daniel Senise, Beatriz Milhazes, Luiz Zerbini ou Adriana Varejão. 

Frame de vídeo “Sete artistas”, na exposição de Raul Mourão na Galeria do Espaço Cultural Sérgio Porto, 1995.

Ainda durante os anos de 1980, galerias públicas como os espaços da FUNARTE, a galeria do Espaço Cultural Sérgio Porto (inaugurado em 1983 com uma exposição de Cildo Meireles) ou a abertura do Paço Imperial também contribuíram para que a visibilidade da arte feita no Rio pudesse circular de forma mais democrática. Em diferentes salas do Edifício Gustavo Capanema, no Centro da cidade, as galerias da FUNARTE foram pioneiras em exibir trabalhos ligados às novas linguagens da escultura, do vídeo e da imagem, através do Projeto (e Sala) Macunaíma, além do Espaço Alternativo, da Sala Sérgio Milliet, ou das exposições dedicadas à fotografia. 

Paço Imperial

Do ponto de vista institucional, a abertura do Paço Imperial e do Sérgio Porto ampliou o leque de salas em pequenos e grandes formatos. Nos anos seguintes, outros espaços como o Centro Cultural Lauro Alvim, a Casa França-Brasil e o Centro Cultural Banco do Brasil seguiram essa abertura para a arte local e de outros países. Apesar de não cumprirem o papel comercial que as galerias cumprem, esses espaços (principalmente os municipais) são fundamentais tanto para nomes consagrados quanto para novos artistas e experimentações. 

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