Dona Lyda Monteiro

Uma carta-bomba que acabou sendo aberta não pelo destinatário, mas sim por sua auxiliar. Lyda Monteiro de Carvalho, mais conhecida como dona Lyda, era a funcionária mais antiga da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e secretária do então presidente da entidade no Rio de Janeiro, Eduardo Seabra Fagundes. Morreu em 27 de agosto de 1980, ao abrir o envelope endereçado ao chefe, na sede do Conselho Federal da OAB, no Centro do Rio.

Na época, a OAB era um espaço de resistência e contraposição à Ditadura. Denunciava desaparecimentos e torturas de presos políticos, atuando na defesa dos direitos humanos e restauração das liberdades democráticas. Só 35 anos após o atentado, a família de dona Lyda pôde conhecer os nomes dos autores do crime, a partir do trabalho da Comissão Estadual da Verdade. Os agentes militares que participaram da ação contra a OAB são os mesmos envolvidos no fracassado atentado à bomba, ocorrido em 1° de maio do ano seguinte, no estacionamento do Riocentro.

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