MIS (Museu da Imagem e do Som)
No dia 03/09/1965, Carlos Lacerda, governador do então estado da Guanabara, inaugurou o 1º museu audiovisual do país – o Museu da Imagem e do Som (MIS). O MIS iniciou suas atividades contando com uma sala de projeção com 50 lugares, cabines para ouvir mais de 6 mil discos e um rico acervo de fotografias do Rio Antigo, muitas delas de autoria de Augusto Malta.
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A ideia de criação do MIS partiu do próprio Carlos Lacerda, que pretendia reafirmar a importância cultural do Rio de Janeiro após a perda do status de capital da República. O museu foi inaugurado como parte das comemorações do IV Centenário da cidade, ocupando um edifício de arquitetura neoclássica que abrigou o pavilhão do Distrito Federal na Exposição do Centenário da Independência, em 1922. O prédio, que fica na região da Praça XV (Praça Luiz Souza Dantas), foi tombado pelo Patrimônio Histórico em 1989.
Em 1966, o museu lançou o projeto “Depoimentos para a Posteridade”, com o objetivo de gravar entrevistas com personalidades importantes. O 1º entrevistado foi João da Baiana, em 24/08/1966. Depois dele, outros ilustres concederam depoimentos ao MIS, como Pixinguinha, Chico Buarque e João Cândido, líder da #revoltadachibatarm que falou aos historiadores Hélio Silva e Ricardo Cravo Albin em 1968. Trechos desse depoimento estão no 4º episódio do Podcast Rio Memórias.
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Com mais de 310 mil documentos em diversos formatos (fotografias, discos, filmes, fitas de vídeo e áudio, dentre outros), atualmente o acervo do MIS é composto por 33 coleções particulares de importantes personalidades da cultura brasileira, divididos entre as duas sedes da instituição: Praça XV e Lapa.
Em 2010 foi lançada a pedra fundamental de uma nova sede, em Copacabana, mas as obras estão paradas desde 2016. Em 15/09/2021 o Governo do estado lançou edital para contratação de empresa para concluir as obras. Será que agora vai? Vamos torcer!