Skate

Nas ruas, ladeiras e orla do Rio de Janeiro, o skate é mais que um objeto usado para manobras radicais – é, assim como a bicicleta, um meio de transporte. Skatistas de várias idades, gêneros e classes sociais aproveitam a topografia e a beleza cariocas para deslizarem sobre quatro rodas, seja desfrutando de um momento de lazer ou se dirigindo ao trabalho ou à escola. Entre os locais preferidos dos praticantes do esporte estão a Praça XV, o Aterro do Flamengo, o Parque dos Patins, o Estádio do Maracanã, o Parque Madureira e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Tem visual mais bonito do que o Arpoador para curtir uma pista de skate?

O skate chegou ao Rio no fim da década de 1960, possivelmente trazido por surfistas que tiveram contato no exterior com o esporte surgido dez anos antes, na Califórnia (EUA). O objeto usado para surfar fora das ondas, basicamente uma prancha de madeira adaptada sobre rodinhas de patins, era a cara da Cidade Maravilhosa! 

O ‘surfinho’ ou ‘surfe de asfalto’ adquiriu projeção maior a partir da década de 1970, quando uma mudança na fabricação das rodas ajudou a popularizar a prática, inclusive em seu país de origem. As rodas começaram a ser produzidas em poliuretano, oferecendo maior aderência ao pavimento e permitindo a realização de manobras mais velozes e seguras. 

Skatistas no Rio de Janeiro em 1975 – Sônia Ramos. Facebook O Passado do Rio

No início dos anos 1970, a Zona Sul era o local preferido dos skatistas cariocas, que desbravavam ladeiras como a Rua Maria Angélica, no Jardim Botânico, e a Rua Cedro, na Gávea. Mas a prática do skate não ficou restrita à capital. A primeira pista da América Latina foi construída em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 1976. Um ano depois, o local já sediava o primeiro campeonato de pista do Brasil. A partir daí o esporte se espalhou para outros estados e para o resto do país. 

O Rio é a cidade natal de Bob Burnquist, o maior medalhista da história do X Games, considerado a Olimpíada dos esportes radicais e disputado pela primeira vez em Rhode Island (EUA), em 1995. O skatista carioca participou de todas as edições até 2017, quando se aposentou da competição com um total de 30 medalhas conquistadas. Foi Burnquist quem inaugurou, em setembro de 2016, uma das melhores pistas de halfpipe (para a modalidade vertical) do país, no Parque Madureira. Em novembro do mesmo ano, a Prefeitura do Rio garantiu por lei a Praça XV como espaço para a prática do skate. Em 2025, foi inaugurado um novo skatepark na favela de Santo Amaro, zona sul do Rio. O projeto foi realizado pelo Instituto Ademafia em parceria com outras organizações e oferece aulas gratuitas de skate para crianças e adolescentes da comunidade.

Inauguração da pista Half Pipe no Parque Madureira – 2016. Foto de Márcia Foletto. Blog Metropolizando

Em escala global, a conquista mais recente do esporte foi sua inclusão como modalidade olímpica, desde a Olimpíada de Tóquio, em 2021. Até os jogos de Paris, em 2024, o Brasil conquistou cinco medalhas olímpicas no skate.

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