Automobilismo

Foi Alberto Santos Dumont quem trouxe o primeiro automóvel para o Brasil, em 1891, e o primeiro acidente automobilístico foi protagonizado por outros dois personagens históricos, o abolicionista José do Patrocínio e o poeta Olavo Bilac. Encarado como exemplo de superação da natureza pela tecnologia, o automóvel é um dos símbolos mais importantes do século XX. O automobilismo, em grande medida, é entendido como o exponencial dessa representação simbólica.  

No Rio de Janeiro, o esporte chegou em 1909, quando aconteceu a primeira prova automobilística do estado, o Circuito de São Gonçalo. A ideia era fazer a corrida no Alto da Boavista, mas o prefeito Souza Aguiar, com apoio da Câmara Legislativa Municipal, proibiu sua realização e o Automóvel Clube do Brasil transferiu a prova para o município vizinho. 

A chegada ao país de montadoras como General Motors e Ford, na década de 1930, impulsionou a popularização do automobilismo no Brasil, principalmente no Rio. Até a inauguração do Autódromo de Jacarepaguá (Nova Caledônia), em 1966, as corridas eram realizadas nas ruas e tinham uma organização precária, colocando em risco a segurança do público e dos pilotos.  

A primeira prova na cidade aconteceu em 1925, promovida durante a 1ª Exposição Automobilística do Rio de Janeiro. A pista foi instalada na região plana que surgiu após o arrasamento do Morro do Castelo, realizado por ocasião das comemorações do centenário da Independência e para sediar a exposição internacional.

Corrida realizada por ocasião da I Exposição Automobilística no Rio (1925) no local onde ficava o Morro do Castelo – Site Cidade Sportiva

Depois, vieram as corridas disputadas ao redor do Morro da Viúva, uma das regiões mais valorizadas do Rio. De 1933 a 1954, com uma interrupção por ocasião da Segunda Guerra Mundial, a cidade sediou o primeiro campeonato internacional de automobilismo do Brasil. O Grande Prêmio do Rio de Janeiro, no Circuito da Gávea, fazia parte do calendário da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Por atrair alguns dos mais importantes pilotos do mundo e pela excepcional beleza do cenário, o circuito entrou para a história do automobilismo mundial.

Av. Niemeyer – Site Cidade Sportiva

Com suas arriscadas 93 curvas, subidas e descidas, a prova ficou conhecida como Trampolim do Diabo e acabou sendo proibida por questões de segurança. Entre os pilotos famosos que correram no circuito estão o campeão brasileiro Chico Landi e o lendário argentino Juan Manuel Fangio, que seria cinco vezes campeão da Fórmula 1, campeonato mundial criado pela FIA em 1950.  

Na década de 1950, algumas provas foram realizadas em Botafogo e na Quinta da Boa Vista, reunindo grande número de interessados. O Circuito de Botafogo tinha início na Av. Rui Barbosa e seguia pela enseada, passando em frente ao Cinema Guanabara (na esquina com Voluntários da Pátria), e pela Av. Pasteur, retornando para a Praia de Botafogo e para o ponto de partida. A então pouco habitada e distante Barra da Tijuca sediou campeonatos como os 500 Quilômetros da Guanabara, que atraiu grandes pilotos do automobilismo nacional. Até a Ilha do Fundão, já no seu formato atual, recebeu algumas corridas.  

Na década de 1960, o Alto da Boa Vista se transformou em palco dos desafios Subida da Montanha, que contavam com a presença das berlinetas – famosas por terem aberto caminho para a criação do Puma e do Karman-Ghia, carros esportivos que faziam sucesso nas ruas da cidade. 

Em 1978, um ano após sua reinauguração e totalmente reformulado, o Autódromo Internacional de Jacarepaguá recebeu sua primeira corrida de Fórmula 1, vencida pelo piloto argentino Carlos Reutemman. A mais famosa competição do esporte deixou o Rio de Janeiro em 1989 e voltou a ser realizada em São Paulo.  

Autódromo de Jacarepaguá – Site Olhar Olímpico

O autódromo foi palco de diversas outras competições de automobilismo, como a Fórmula Indy, a Stock Car, a Fórmula Truck e o Moto GP. Em 2012, o espaço foi demolido para a construção de instalações olímpicas dos Jogos Rio 2016. Há um projeto em estudo para a criação de um novo autódromo em um terreno com dois milhões de metros quadrados em Deodoro, mas para isso seria necessário destruir a Floresta de Camboatá. Esperamos que nunca saia do papel… 

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