Museu Chácara do Céu
Localizado em Santa Teresa, o Museu da Chácara do Céu ocupa uma casa que pertenceu ao empresário e colecionador de artes Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968), que residiu no local e, no fim de sua vida, deixou o imóvel para a Fundação que levava seu nome (criada em 1963). A casa, que tem traços da arquitetura moderna, fica no ponto mais alto de uma chácara de 25.000m² e proporciona uma vista em 360º da cidade, tem 3 andares e, na parte externa, os jardins projetados por Roberto Burle Marx são um espetáculo à parte.
O acervo tem 22 mil peças e apresenta uma rica coleção de arte brasileira (da arte indígena ao modernismo), arte europeia e arte oriental, além de mobiliário, arte decorativa e uma biblioteca de volumes raros. Trabalhos de Candido Portinari, Modigliani, Joan Miró, Heitor dos Prazeres e a maior coleção nacional de Debret estão entre as obras do museu que, além de exposições de longa duração e temporárias, oferece aos visitantes o acesso a 2 cômodos originalmente mobiliados e ambientados – a biblioteca e a sala de jantar.
Administrado pela Fundação Castro Maya desde a inauguração, o Museu da Chácara do Céu foi incorporado ao governo brasileiro em 1983, quando a fundação foi extinta. Atualmente faz parte dos Museus Castro Maya (com o Museu do Açude – Alto da Boa Vista), que integram o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus).
Em 2006 o Museu da Chácara do Céu atraiu a atenção de 4 homens: numa sexta-feira de carnaval (24/02), enquanto o bloco das Carmelitas arrastava uma multidão por Santa Teresa, eles fizeram 9 reféns e levaram 5 obras de arte de Monet, Matisse, Picasso e Dalí. Foi o maior roubo a museus da história do Brasil, mas, infelizmente, como em vários outros crimes contra o patrimônio histórico, as autoridades responsáveis não deram muita atenção ao caso.
