Fazenda Santa Cruz
Um patrimônio cultural pouco conhecido na zona oeste da cidade, a Fazenda Imperial de Santa Cruz foi um marco para a história do Brasil e da família real.
O casarão, que hoje é a sede do Batalhão de Engenharia de Combate, tem um passado repleto de acontecimentos históricos. A então sesmaria foi doada a Cristóvão Monteiro, como recompensa por seus feitos junto a Mem de Sá contra as invasões francesas. Após a morte de Monteiro, grande parte da propriedade foi doada aos jesuítas, que anexaram mais terras ao longo do tempo, levando a fazenda a ocupar uma imensa área de aproximadamente 40 léguas quadradas (932 km²) entre Guaratiba e a Serra da Matacães, em Vassouras. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, a imensa fazenda foi anexada ao patrimônio da Coroa.
No início do século XIX, ela passou a ser usada por D. João VI como casa de veraneio e continuou a ser frequentada pela família real, mesmo depois de sua partida para Portugal. Com o passar dos anos, a fazenda se tornou uma das casas oficiais da realeza, passando a se chamar Palácio Imperial. Recebeu visitantes ilustres como Debret, e foi lá que se instalou o primeiro Conservatório de Música do Brasil.
Um pouco antes da Proclamação da República e nos anos que se seguiram, as vastas terras foram sendo ocupadas por posseiros, agricultores, pecuários e empresários.
Atualmente, a sede da Fazenda é ocupada pelo Batalhão Villagran Cabrita, criado em 1855, atual Escola de Engenharia (conhecido como Batalhão de Engenharia e Combate). Muito da sua história está se perdendo por causa da pouca importância dada aos monumentos históricos localizados nos subúrbios da cidade.