Mosteiro de São Bento
Um dos programas culturais mais incríveis do Rio é assistir a uma missa com Cantos Gregorianos no Mosteiro de São Bento. Isso acontece todos os domingos às 10h, tradição centenária interrompida apenas pela atual pandemia.
O Mosteiro foi fundado por 2 monges beneditinos, vindos da Bahia, em 1590. Inicialmente era uma Abadia e a construção da Igreja, em estilo barroco, começou somente em 1633. O conjunto arquitetônico atual engloba a Igreja, o Mosteiro, o Colégio, a Faculdade, uma livraria e a Casa de Emaús (uma hospedaria).
Finalizada quase 100 anos depois, a Igreja Abacial é uma das mais belas do Rio e um dos principais monumentos do barroco luso-brasileiro. A fachada é muito simples contrastando com a riqueza do interior trabalhado com esculturas e talha de madeira folheadas a ouro. O altar-mor tem ao centro a imagem de Nossa Senhora do Monserrate e, ao longo da nave, estão distribuídas 8 capelas laterais. No teto, encontram-se pinturas que contam a história de São Bento. No 2º andar, restrito aos monges, está instalado o precioso órgão datado de 1773, tocado apenas por 2 monges organistas.
Em 1858, foi fundado o Colégio São Bento que formou muitas personalidades, entre elas Coelho Neto, Benjamin Constant, Procópio Ferreira, Pixinguinha, Noel Rosa, Villa-Lobos, Cazuza e Hélio de la Peña. Segue sendo uma das poucas instituições no Rio que só aceitam meninos e, até 1960, todos os professores eram homens. Ainda assim, é um dos melhores colégios do Brasil.
Em 1921, mais uma atividade foi agregada, com a fundação da Faculdade de São Bento (Cursos de Filosofia e Teologia).
A vida do Mosteiro de São Bento não foi tão calma e monástica quanto a que levam os seus monges, atualmente. Em 1711, ele foi bombardeado por ocasião da invasão francesa e, 20 anos depois, o prédio principal foi destruído por um incêndio. Sobreviveu a esses ataques e outros, como os da sanha destruidora dos prefeitos reformistas Pereira Passos, Prado Junior, Carlos Sampaio e Carlos Lacerda.
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