Fiocruz

Pavilhão Mourisco em obras. J. Pinto, 1910. Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Em 1900 foi fundado o Instituto Soroterápico, instalado na antiga fazenda de Manguinhos, próximo ao porto de Inhaúma, com o objetivo de produzir medicamentos, como soros e vacinas. A direção técnica do Instituto ficou a cargo do médico e cientista Oswaldo Cruz, principal autoridade em saúde da época, cujos estudos em microbiologia estruturaram as políticas de saúde no Brasil a partir de 1903, quando nomeado pelo presidente Rodrigues Alves, Diretor Geral de Saúde Pública. Em 1908, o Instituto foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz, em homenagem ao seu primeiro diretor. 

A origem da instituição se dá num momento no qual o Rio (que, por ser capital do Brasil, serviu como exemplo para o restante do país) passava por um processo de modernização acelerado, adequando às demandas da era industrial e da consolidação do capitalismo no país. Foram obras de ampliação de ruas, construção de avenidas, demolição de antigas construções e pelas campanhas de saúde pública que, com forte viés racista, miravam os cortiços sobreviventes dos tempos imperiais. 

Nos novos tempos republicanos, a razão e a ciência se juntaram à “ordem e progresso” para superar um passado de epidemias que aterrorizava as elites e seu projeto de atrair imigrantes europeus com o objetivo de embranquecer a população brasileira. Ao mesmo tempo, os avanços da medicina e da biologia permitiram um maior controle das doenças e do combate aos vetores, como mosquitos, ratos e outras pragas comuns ao clima tropical.

Visitantes no Instituto Oswaldo Cruz, J. Pinto, 1910. Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Ao longo das décadas, o Instituto (que, em 1970, se finalmente ganhou o título de Fundação Oswaldo Cruz) desempenhou um papel fundamental na erradicação de doenças no país, através de campanhas de vacinação — como contra a varíola, em 1966. Até hoje, a Fiocruz fornece uma parcela significativa das vacinas utilizadas nas campanhas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Recentemente, a atuação da Fundação foi determinante na contenção de efeitos ainda mais nocivos provocados pela epidemia de Covid-19.

A presença da Fiocruz nas imediações do que hoje é a Maré impactou o território de diversos modos: do visual do Pavilhão Mourisco, construído em 1918 — símbolo da instituição —, até as instalações das cavalarias na Praia de Inhaúma (nas imediações do que hoje é a Vila do João), passando pela utilização da Ilha dos Pinheiros (onde atualmente estão os Conjunto Pinheiro e Vila do Pinheiro), para a criação de animais para testes, e pelas diversas ações de saúde e pesquisa junto aos moradores. Por todos esses motivos, a Fiocruz se liga diretamente à história e memórias da Maré.

Pavilhão Mourisco, Quinino e relógio do Pavilhão da Peste visto do Aquário. Rio de Janeiro. J. Pinto, 1930.  Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz)

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