Historia do Ciep Joao Mangabeira e o Morro do INPS

Autores: João Sabino, Lelmaci do Nascimento e Soraya Cristina da Silva Melo
Turma: 171 e 191

Esse trabalho foi construído a partir de uma memória coletiva sobre o Morro do INPS e o CIEP João Mangabeira.

A estrutura dos CIEPs foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e foi tombada devido à sua importância arquitetônica, cultural e histórica, conforme a Lei nº 5.183, de 07/06/2010.

CIEP João Mangabeira, foto de 2023.

Antes da existência do CIEP, até os anos 1980, havia um poço artesiano no terreno onde a população do Morro do INPS, no bairro Bancários, uma favela onde se localiza a instituição, retirava água para suas famílias. Com a chegada da água encanada ao morro, o poço artesiano foi desativado. Esse local também era usado por lavadeiras que lavavam roupas para os moradores do asfalto ou para suas próprias famílias.

Segundo relatos orais dos alunos do PEJA, especialmente os mais idosos que moram na região, havia brigas entre as trabalhadoras pela disputa do espaço ao redor do poço. Elas chegavam a jogar bacias de água umas nas outras e tudo o que viam pela frente durante os confrontos.

Ao lado do poço, havia um campo de futebol de areia. O bairro Bancários, onde se localiza a instituição, foi projetado nos anos 1950, quando o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários construiu residências para seus pensionistas e trabalhadores. Ao longo do tempo, a região foi ocupada por diversos moradores, e as favelas surgiram com as diásporas nordestinas entre os anos 1960 e 1990.

Antes disso, a área que se estende do atual Estaleiro Eisa até a Praia do Barão pertencia ao Barão de Capanema no século XIX e fazia parte da grande Freguesia, onde existia um engenho de açúcar antes dos anos 1800.

Conjunto Residencial dos Bancários, 1963.
Foto: Foto: Divulgação/Alexandre Alvarenga, O Globo.

O nome “João Mangabeira” é uma homenagem a um político e jurista brasileiro que fez parte da Academia Brasileira de Letras. Ele atuou na defesa dos direitos humanos e das liberdades civis. Esse nome foi escolhido para celebrar sua contribuição para a democracia e a justiça social. João Mangabeira foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro, em 1947. O partido foi declarado ilegal pela ditadura civil-militar entre 1964 e 1985, e recadastrado no TSE entre 1985 e 1988.

CIEP João Mangabeira, foto de 2023.

O CIEP João Mangabeira foi projetado, assim como os outros prédios do projeto “CIEP”, com o conceito de “Escola Parque”, que procurava integrar diversas atividades educacionais e culturais em um único espaço, proporcionando uma educação omnilateral. Além das salas de aula, o CIEP oferecia laboratórios, quadras esportivas, espaços destinados às atividades artísticas e culturais, biblioteca e outros recursos projetados para integrar as experiências educacionais dos estudantes.

Em 2022, a instituição teve 50 alunos matriculados na pré-escola, 311 nos anos iniciais, 89 nos anos finais, 153 na EJA e 17 na educação especial. Desde 2023, o CIEP João Mangabeira mantém uma parceria com o Movimento de Educação Popular Esperança Garcia, nome dado em homenagem à primeira advogada negra brasileira. Esse movimento atua com um pré-vestibular social gratuito aos sábados durante o dia nas dependências do CIEP João Mangabeira.

Fontes:

O Globo. No aniversário da Ilha, moradores resgatam curiosidades sobre a região. Consultado em 10/10/2023.

SOUTO, Judite Paiva. “O cotidiano de escravos e de trabalhadores livres na Ilha do Governador oitocentista”. Revista Acervo. Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, 2015.

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