Tim Lopes

Autores: Evrly A. de Castro da Silva, Lucas Luíz, Brandon Labelle, Breno Piteira, Marcos Vinícius Turma: 3009

Arcanjo Antonio Lopes do Nascimento, mais conhecido como Tim Lopes, nasceu em 18 de Novembro de 1950 em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Foi o quarto filho de um total de doze filhos na família, e quando ele tinha oito anos de idade sua família resolveu vir morar no Rio de Janeiro na humilde comunidade da Mangueira, onde tudo começou. Ele foi um repórter investigativo da Globo de 1966 até sua morte em 2002 na comunidade da Vila Cruzeiro. Ele foi casado com a estilista Alessandra Wagner por cerca de 10 anos e teve um filho chamado Bruno Quintella. Formado em jornalismo pela faculdade Hélio Alonso (FACHA), no Rio de janeiro, seu primeiro trabalho foi na revista Domingo Ilustrada, do jornalista Samuel Wainer. E seu apelido de Tim Lopes foi dado pelo jornalista Samuel Wainer por sua semelhança com o cantor Tim Maia. E no ano de 2001 Tim Lopes ganhou o Premio Esso, pois fazia reportagens com as famílias de vítimas, com os assassinos presos e para fazer isso ele precisou se internar em uma clínica de dependentes químicos para fazer o trabalho para ver como os pacientes se comportavam. E com esse prêmio ele só foi mais reconhecido do que já era por seus parceiros de trabalho, como a população também, sendo considerado o repórter/jornalista mais corajoso do País naquela época.

Oito anos após sua morte, no ano de 2010, durante o governo de Eduardo Paes, o Colégio estadual Jornalista Tim Lopes recebeu esse nome em sua homenagem. O colégio fica localizado no Complexo do Alemão, na periferia (subúrbio) do Rio de Janeiro. O seu funcionamento iniciou no ano de 2011. O colégio oferece aos alunos toda estrutura necessária para o seu conforto e desenvolvimento na área da educação, além das salas de aula o colégio tem: piscina, quadra de esportes, espaço para jogos, laboratórios, auditório e uma biblioteca.

Esta não foi a única homenagem ao jornalista após sua morte. No ano de 2022, vinte anos após sua morte, foi feita uma instalação com fotos dele na Cinelândia. Em uma época em que os jornalistas estão sendo diversamente atacados, ao olharmos para trás, para sua morte e para o que havia ocorrido com ele, a morte dele de alguma forma representa a liberdade dos jornalistas de publicarem seus trabalhos sem interferência exteriores. Representa a liberdade da imprensa, sem censura.

No dia 2 de junho de 2002, Tim Lopes deixou seu apartamento em um bairro de Copacabana para ir até a favela da Vila Cruzeiro. Ele havia ouvido dizer que uma gangue de traficantes de drogas da Vila Cruzeiro iriam dar um baile funk naquela noite. Ele havia sido avisado por alguns informantes que os traficantes estavam dando bailes, promovendo a prostituição infantil e o abuso de menores. Determinado a investigar o caso, Tim deixou sua carteira e outros  objetos de identificação em seu escritório na Rede Globo (já que era reconhecido na comunidade por matérias envolvendo o tráfico). Tim, junto com um motorista da Rede Globo foram para o local. Tim deixou o motorista e foi filmar o baile sozinho. Tim estava levando uma microcamêra para filmar o local para também para ver se conseguia também obter imagens de drogas e armas. Após sair de um bar Tim foi avistado por uma criança que relatou aos traficantes que havia visto uma luz saindo da cintura de Tim. Tim então foi abordado por dois traficantes que eram membros da facção criminosa que comandava a Vila Cruzeiro. Quando confrontado Tim disse a eles que era um repórter da Globo. No entanto, como tinha deixado suas coisas no seu escritório, os traficantes duvidaram disso e resolveram levá-lo até o líder da facção, o traficante Elias Pereira da Silva, também conhecido como Elias Maluco, que era conhecido por ser alguém cruel. Elias ordenou que os traficantes levassem Tim até a Favela da Grota. Lá ele foi levado a um julgamento pelos traficantes que iriam determinar o seu destino. Uns traficantes eram contra a morte dele, já que não queriam matar um agente da Globo, enquanto outros eram a favor da morte do jornalista. A sentença de Tim foi a morte. Tim foi torturado pelos membros da facção e até pelo próprio Elias, que usou uma espada para decepar suas mãos, braços e pernas. Depois disso, o executaram em um “ritual” chamado de micro-ondas (que consiste em colocar alguém em vários pneus e depois queimá-lo). Após esses eventos, o motorista (que havia levado Tim até o morro) relatou à Rede Globo que Tim não tinha retornado. Então logo começou uma investigação para descobrir o paradeiro de Ti. Após dois traficantes terem sido presos, estes confessaram o destino do jornalista, e, após uma denúncia anônima, no dia 12 de junho de 2002, os detetives descobriram ossos queimados em vários pneus. Após vários testes, descobriram que os ossos pertenciam a Tim Lopes. No local também foram localizados os pertences que Tim havia levado e a espada que havia sido quebrada.

Tim Lopes. Foto: Reprodução

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