Terreiros

O meu quintal é um terreiro
Onde canta o sabiá
Meu quintal é brasileiro
Pede licença pra entrar

Trecho da canção “Terreiro” — grupo musical O Grilo

Nas décadas que se seguiram ao fim do tráfico atlântico e ao fim da escravidão africana, em casas de famílias negras — muitas vezes chefiadas por mulheres — tambores noturnos acompanhavam celebrações religiosas em que deuses de origem africana assumiam novas roupagens na diáspora carioca. Realizadas às escondidas e duramente reprimidas, guardavam forte relação com o vínculo com a África e o Atlântico que o Cais do Valongo, então oculto pelo cais da Imperatriz, ainda representava.

Embarcações vindas da Bahia e outras províncias chegavam ao porto do Rio com africanos e seus descendentes. Armazéns da Alfândega – ao fundo, o morro do Castelo. Rodrigues & C°. Editores e Proprietários/ Instituto Moreira Salles

Além disso, casas de candomblé tornaram-se locais de acolhida para os africanos e afrodescendentes que chegavam de outras partes do país, sobretudo da Bahia, a partir da segunda metade do século XIX e início do século XX. Registros contam que na Pedra do Sal, uma casa dedicada à Oxalá, ao saber que estava para aportar alguma embarcação vinda da província da Bahia, pendurava seu pano de cor branca na sacada para avisar aos recém chegados que ali poderiam ser recebidos e cuidados por seus irmãos de fé, até que pudessem se aprumar.

Os ritos e celebração de matriz africana, assim como as redes de sociabilidade que os acompanham, atravessaram os tempos. Celebração a Iemanjá em Ipanema – jan. 1973. Arquivo Nacional / Fundo Correio da Manhã

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