Rio Atlântico às margens do Oceano Etíope

Mapa de 1582, de Giovanni Lorenzo d’Anania e Girolamo Porro, com o Atlântico Sul (Oceanus Aethiopicus) em destaque – Fonte: Guia Geográfico

O espaço atlântico denominado até meados do século XIX como Oceano Etiópico inclui o litoral Sul do Senegâmbia e o Golfo da Guiné, segundo o historiador Luiz Felipe de Alencastro. Situava-se ao sul do equador Meteorológico, segundo o autor. Foi somente com a expansão da navegação a vapor que o nome Atlântico passou a englobar as duas áreas oceânicas. Assim registram os mapas de época e as referências náuticas.

O Rio Atlântico se forma, portanto, como uma cidade que faz parte deste oceano negro. E era negro — ou etiópico, termo de origem grega utilizado para se referir à população negra — porque eram africanos os que mais circulavam, sobretudo de forma compulsória, neste espaço oceânico. E as mais intensas conexões neste mar vinculavam-se à costa africana, mesmo que conduzidas por embarcações europeias.

Representação do navio Itaimbé, da Companhia Nacional de Navegação Costeira – Acervo Canoa de Tolda

A intensidade destas conexões vai mobilizar a formulação do conceito de Atlântico Negro pelo intelectual estadunidense Paul Gilroy, e esta ideia-chave passou a iluminar novos olhares sobre o tema. O Atlântico Negro é um território em que histórias e cultura desta cidade se desenvolvem e se expressam, e articulam-se a outras margens das Américas afrodiaspóricas.

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