Quiosques

Batatinhas em rodelas, sardinhas fritas, canecos de vinho, bilhetes de loteria. Durante o século XIX, o centro do Rio era crivado de quiosques, pequenas construções em estilo europeu que, originalmente, vendiam jornais, livros e cartões-postais. Logo, porém, os quiosques do Rio oitocentista foram substituindo os ares franceses de seu comércio original e passando a oferecer vasta gama de comestíveis e de bebidas, além de pequenos apetrechos, para atender sobretudo ao fluxo de trabalhadores de baixa renda que circulavam em seu entorno.

Foto: Augusto Malta – Quiosque em Copacabana – 1911 – Biblioteca Nacional

Foram, talvez, os precursores dos pés-sujos de hoje. Seja como for, já davam indícios da vocação carioca para a gastronomia de rua, marca registrada — e atrativo irresistível — da cidade. Ontem como hoje, porém, os traços plebeus dos quiosques desagradavam às autoridades, e os quiosques do Rio antigo acabaram vindo abaixo com a reforma urbana de Pereira Passos.

Foto: Quiosque – Biblioteca Nacional

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