Praia do Caju
Devido à sua proximidade com a Quinta da Boa Vista, a praia do Caju era frequentada por ninguém menos que a família real portuguesa. Reza a lenda que foi ali que Dom João VI, famoso por não ser muito afeito ao contato com a água, adquiriu o hábito de tomar banhos medicinais. Mérito menos dos atrativos praianos do que de um carrapato, cuja picada inflamada teria feito o doutor lhe recomendar mergulhos terapêuticos. Seja como for, o príncipe passou a frequentar uma Casa de Banhos, que é atualmente um dos únicos vestígios do antigo balneário. Nela, funciona hoje o Museu da Limpeza Urbana, vinculado à Comlurb.
Naquele passado remoto, a presença da família real incitou outros membros da nobreza portuguesa a também frequentarem a praia. Mas a região, hoje, não tem nada de aristocrática. A praia em si sucumbiu aos efeitos do tempo e das obras no entorno, como a da ponte Rio-Niterói. As águas do mar são poluídas. E, no decorrer do que seria aquele trecho de orla, desdobram-se os pátios e estacionamentos do Porto do Rio.