Livraria Leonardo da Vinci

Quem desce pela rampa em espiral do edifício Marquês de Herval se surpreende com uma charmosa livraria que fica ali no subsolo: a Livraria Leonardo da Vinci.

Localizada no centro comercial do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco 185, a Livraria tem uma história de resistência e resiliência.

Entrada da livraria durante a campanha #NãoAtaxação

Em 1952, o casal de imigrantes Andrei Duchiade e Vanna Piraccini inaugurou, no Edifício Delamare, na Avenida Presidente Vargas, uma sala voltada para a importação de obras estrangeiras. A escolha do nome não foi aleatória. Naquele ano comemorou-se 500 anos do nascimento do artista renascentista preferido de Donna Vanna, como ficaria conhecida a proprietária. Quatro anos depois, decidiram se mudar para o edifício na Avenida Rio Branco, onde existe até hoje (tiveram também efêmeras filiais em Copacabana e em Porto Alegre).

Cabia à Donna Vanna a escolha de obras importadas em inglês, francês, italiano e alemão que ela selecionava pessoalmente na Europa, reunindo preciosidades procuradas por intelectuais, artistas, estudantes, acadêmicos e políticos.

Estante de livros que defendem a causa Antiracista

A morte de Andrei Duchiade, em 1965, foi um duro golpe para a livraria, que sofreu ainda com um suspeito incêndio em 1973 e, tempos depois, uma grave crise econômica.

Em 2015, Milena Duchiade, filha de Andrei e Vanna, anunciou que fecharia as portas da livraria e uma grande comoção tomou conta da cidade. Mas isso acabou não acontecendo porque o livreiro Daniel Louzada, gerente da Livraria Saraiva por 17 anos, adquiriu todas as cotas e assumiu o comando de uma das mais tradicionais livrarias cariocas. Louzada vem fazendo transformações para modernizar a Livraria Da Vinci, mas, ao mesmo tempo, manter viva a memória da livraria que é um tradicional polo cultural da cidade.

Um de seus frequentadores mais famosos foi o escritor Carlos Drummond de Andrade, que registrou, em várias obras o cotidiano da livraria, como no poema “Livraria”, escrito logo após o incêndio de 1973.

Este post foi elaborado pela historiadora @luciene.carris .

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