DELÍRIO BELGA

Delírio belga foi realizado a partir do filme original conhecido como Nossos soberanos no Brasil, registro feito por dois cinegrafistas militares, sargentos do exército belga, que acompanharam a viagem do Rei Alberto I e da Rainha Elisabeth ao Brasil em 1920. A versão digitalizada dos nitratos originais foi cedida pela Cinemateca Real Belga para a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e exibida durante a Mostra de Cinema Rio Desaparecido promovida em parceria com o Rio Memórias.
 
Delírio belga nasce do movimento de ver e rever inúmeras vezes as imagens da viagem dos reis belgas em especial aquelas gravadas a bordo do Couraçado São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro. Busca estabelecer um diálogo entre fragmentos de Nossos soberanos no Brasil e artigos sobre a viagem publicados pela imprensa brasileira da época, charges em revistas populares, material iconográfico e trabalhos acadêmicos recentes. É um trabalho de descrever os registros filmados, parar, repetir e descobrir camadas sonoras, gestuais, temporais. A trilha sonora de Gabriel Falcão favorece sobremaneira o movimento reflexivo e sensorial da montagem que extrai do documento visual emoção, fragmentos de memória, imaginação. O curta mostra o que está nas imagens – seja no campo ou no extracampo – mas que não é visível de imediato e requer um olhar mais atento. Identifica, nesse processo, elementos que assombram as imagens da cidade carioca que sonhava em ser um dia como as metrópoles brancas europeias.

Leia o ensaio de Fred Coelho sobre o filme “Delírio Belga” aqui

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