Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro é um dos principais marcos religiosos e arquitetônicos da cidade. A Catedral foi projetada pelo arquiteto modernista Edgar de Oliveira da Fonseca, que se inspirou em uma pirâmide maia para construí-la. O arquiteto seguiu os princípios do Concílio Vaticano II, de 1963, para fazer o projeto. Esses princípios buscavam trazer de volta para a igreja a simplicidade do começo do cristianismo e também valorizar as formas contemporâneas de arquitetura, com liberdade de expressão artística.
A construção foi inaugurada em 1976 pelo então Cardeal Dom Eugênio Sales. Sua pedra fundamental foi lançada em em 20 de janeiro de 1964 — dia de São Sebastião — por Dom Jaime de Barros Câmara. A primeira missa ocorreu no Natal de 1972, mas a Catedral só foi inaugurada de fato no dia do tricentenário da Arquidiocese do Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 1976, pelo então Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales.
Foto Reprodução site Riotur
A escolha do nome para a Catedral Metropolitana reflete a profunda ligação histórica e espiritual entre São Sebastião e o Rio de Janeiro. São Sebastião é padroeiro da cidade e da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o que justifica ser também padroeiro de sua sede. A Catedral tem como padroeira secundária Sant’Ana.
A construção da catedral começou em 1964, em um terreno próximo aos Arcos da Lapa, doado pelo governo estadual. A doação marcou o início de uma nova fase para a Igreja Católica no Brasil, já que a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro nunca havia tido uma sede própria até então.
Nova Catedral do Rio de Janeiro. Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã.
O edifício tem uma forma circular e cônica, possui 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 metros de diâmetro interno. Com uma área de 8 mil metros quadrados, comporta até 20 mil pessoas em pé. O objetivo da construção é simbolizar a equidistância das pessoas em relação a Deus.
A Catedral Metropolitana se destaca por sua imponência e inovação arquitetônica, diferenciando-se dos padrões de construção de igrejas. O projeto da Catedral também incluiu obras de revitalização no seu entorno, o que contribuiu para a modernização dessa parte do centro do Rio de Janeiro.
À arquitetura moderna da Catedral somam-se detalhes característicos de construções religiosas, como a torre campanário inaugurada em 1985, que possui sinos correspondentes às notas musicais. Os imensos vitrais que se estendem do chão ao teto, cortados nos pontos cardeais, são símbolos da fé e da espiritualidade e representam as características da Igreja: Una (verde), Santa (vermelho), Católica (azul) e Apostólica (amarelo). O teto da Catedral forma uma cruz grega com 30 metros de diâmetro. Além disso, as portas laterais representam a esperança e a caridade e a porta central simboliza a fé com cenas em alto relevo inspiradas no “Credo do povo de Deus”, do Papa Paulo VI. A cruz central da Catedral foi desenhada pelo monge beneditino Paulo Lachenmayer. Com 6 metros de altura e 4 de largura, o crucifixo fica suspenso sob o altar.
Foto: Reprodução Smart Rio Tour
Além de sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a Catedral tornou-se o principal local de celebrações religiosas da cidade, passando a acolher missas solenes, ordenações e cerimônias de estado. Desde sua inauguração, desempenha papel central na vida religiosa e cultural do Rio de Janeiro, sendo palco de celebrações religiosas e abrigando o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, que guarda um valioso acervo com cerca de 5 mil peças. O Arquivo Diocesano conserva documentos manuscritos, impressos e iconográficos. O Museu de Arte Sacra, por sua vez, guarda aproximadamente 5 mil peças históricas, incluindo pinturas, esculturas, mobiliário, vestimentas, joias e outros itens notáveis, como o trono de D. Pedro II e a pia utilizada para o batismo dos príncipes da família real portuguesa.