Ao Almirante Negro e sua bravura histórica

Ouça um trecho da carta narrada por sua escritora Maria Eduarda.

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2021.

Senhor João Cândido,

Venho por meio desta carta homenageá-lo pela sua bravura em liderar a conhecida Revolta da Chibata, um exemplo de luta, principalmente, contra a desigualdade racial e social.

Expresso minha profunda tristeza em relação às diversas mortes e, sobretudo, a do companheiro Marcelino Rodrigues Menezes, punido de forma tão cruel, com 250 chibatadas, fazendo com que ele viesse a falecer.

Devido a esse acontecimento o senhor liderou, aqui em nossa cidade, diversos marinheiros contra o regime de castigos corporais desumanos e as péssimas condições enfrentadas. Após longos embates, e por conta da grande insatisfação contra esses castigos, houve o fim de tais punições, em 1910.

Apesar disso, fico extremamente desolada ao saber que a anistia aos revoltosos não foi respeitada pelas autoridades, fazendo com que essa luta continuasse, ocasionando ainda mais mortes contra os marinheiros.

Por fim, gostaria de lhe agradecer por esse ato de resistência, sabendo que mesmo depois de todos os castigos que lhe foram dados, principalmente depois da Revolta, o senhor, Almirante Negro, se reergueu e conseguiu sobreviver.

Espero sinceramente que sua história seja contada para todas as gerações futuras.

Abraços de uma estudante orgulhosa,

Maria Eduarda Xavier

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