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Vitrine no edifício da Light à avenida Marechal Floriano – [“A Light saúda os campeões invictos. VI Coupe Jules Rimet”]. 05/07/1958 – Gerson Rodrigues

A Light sempre deu importância e incentivo às práticas esportivas na empresa, começando pelo tênis, do qual foi grande incentivadora. Muitos outros esportes, desde os mais elitistas como o golfe, o iatismo e o beisebol, até os mais populares como o basquete e o próprio futebol, encontraram na empresa ambiente favorável à sua prática. Além dos administradores e engenheiros estrangeiros, os próprios funcionários brasileiros se organizaram em múltiplas associações e clubes que fomentavam tais práticas no Rio de Janeiro, desde a primeira década do século XX. Vale lembrar que a partir da Copa do Mundo de 1962, as instalações do Hotel Paineiras (que pertenceu à Light de 1906 até 1970) foram utilizadas para a concentração da seleção brasileira, o que perdurou até a Copa de 1974. Botafogo, Vasco e Fluminense também usaram aquelas instalações, no passado. Em 1958, quando a seleção brasileira de futebol conquistou o seu primeiro campeonato mundial, a Light produziu uma de suas célebres vitrines, no edifício sede da empresa à avenida Marechal Floriano, para saudar “os campeões invictos.” A réplica da taça Jules Rimet era o destaque, e o escudo da antiga C.B.D. (Confederação Brasileira de Desportos, 1914-1979) serviu de fundo, com suas duas cruzes conferindo dinâmica à pequena jóia, no topo de extenso pódio de sete posições.

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Entrega de ações da Light ao lateral esquerdo Marco Antônio e ao goleiro Félix, do Fluminense, que se sagraram tri-campeões mundiais de futebol em 1970 – Agosto de 1970 – Fotógrafo não identificado.

Quem não se lembra, em tempos idos, de aturar uma reclamação constante no ambiente familiar quando deixávamos uma luz acesa? Os pais ou responsáveis diziam “apaga a luz porque não sou sócio da Light!” Pois a Light era uma empresa com ações negociadas na Bolsa de Valores que muito zelava pelas suas políticas de participação acionária. Publicava anualmente um cuidadoso relatório impresso e fartamente distribuído. Na “Carta do presidente aos acionistas sobre as atividades da companhia em 1970”, o ano do tri-campeonato de futebol conquistado pela seleção brasileira, o teor é de muito otimismo com os resultados da economia do país e da empresa. Já eram mais de três milhões de consumidores, o consumo global de energia era crescente, o sistema em expansão. “Ao final do ano, a Companhia contava com mais de 150.000 acionistas, dos quais cerca de 9.800 eram empregados seus. [...] É de citar, nesse sentido, o pagamento semestral de dividendos, instituído durante o exercício.” As campanhas publicitárias eram diretas: “Seja sócio da Light”; “Veja a conta da Light com outros olhos; olhos de acionista”; “A Light já vendeu 14 milhões de ações em apenas 5 dias para 26 mil brasileiros.” O diretor-presidente Antônio Gallotti, muitíssimo bem entrosado no contexto político de então, não perdeu a oportunidade de realizar uma inventiva ação de marketing: a entrega de dez mil ações da Light a cada um dos tri-campeões. A seguir, algumas das fotografias que registram o ato da entrega aos jogadores que atuavam na cidade do Rio de Janeiro, feita por ex-atletas que eram funcionários da empresa.

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Entrega de ações da Light ao médico Lídio Toledo e ao técnico Zagallo, tri-campeões mundiais de futebol em 1970 - Agosto de 1970 - Fotógrafo não identificado

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