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Castello Branco toma posse como primeiro presidente da Ditadura Militar

15 de abril de 1964

Álvaro Camara de Pádua

Passados 11 dias do início do golpe, aconteceu no plenário do Congresso Nacional, o processo de eleição indireta do novo Presidente da República. O pleito já estava previsto no Ato Institucional nº1 (AI-1), divulgado à população no dia 9 de abril. Alguns dias antes do processo eleitoral, o Exército estava à beira de uma ruptura: a disputa era entre o recém-empossado Comandante do Exército, General Arthur da Costa e Silva e o chefe do Estado-Maior da Força, General Humberto de Alencar Castello Branco. Ambos desejavam ocupar a cadeira da Presidência.

Apesar disso, Castello Branco, em razão de seu “prestígio militar e do verniz legalista que acalmava a todos os que desejavam um general esquentando a cadeira”, como afirma Elio Gaspari, foi o escolhido pelo Colégio Eleitoral para assumir provisoriamente o governo do país. No dia 15 de abril, na presença de militares e membros da sociedade civil que se acotovelavam nas galerias do plenário da Câmara dos Deputados, o ex-chefe do Estado-Maior do Exército jurava “defender e cumprir com honra e lealdade a Constituição do Brasil”.

Dentre os pontos levantados em seu discurso, o General afirmou que seu procedimento seria “o de um chefe de Estado sem tergiversações, no processo para a eleição de um brasileiro a quem entregarei o cargo a 31 de janeiro de 1966.”. No dia 15 de abril de 1964, chegava ao fim o processo iniciado em 31 de março. O movimento que saiu de Juiz de Fora e avançou com força pelo Rio de Janeiro, encontrou seu desfecho na nova capital federal, Brasília.

Posse de Castello Branco (1964). Brasília, 1964. Atualidades Brasileiras / Arquivo Nacional.

Ranieri Mazzili passa a faixa presidencial para Castello Branco. Revista O Cruzeiro, 9 de maio de 1964. Foto: Jean Solari, Geraldo Viola, Roberto Stuckert e José Belém. Acervo – Biblioteca Nacional

Diário de Notícias, 16 de abril de 1964

Revista Manchete, ed. 268. Acervo Biblioteca Nacional

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