A partir da última década do século XIX, começam a se concretizar os esforços no sentido da transição da tração animal para os bondes elétricos. A implantação da primeira linha iniciou-se em 1890-1891, visando ligar a Tijuca ao Alto da Boa Vista, e incluía a construção de usina termoelétrica próximo ao final da rua Conde de Bonfim, localidade hoje conhecida como Usina. Mas ocorreram entraves e a linha só veio a operar a partir de 1898. Nesse meio-tempo, outros projetos de eletrificação avançaram pela cidade.
Em muitas linhas havia carros de primeira classe e de segunda classe – estes, menores e mais singelos, não tinham motor e eram puxados pelos primeiros. Neles pagava-se menos e viajavam os cidadãos das classes menos favorecidas. Esse sistema persistiu até meados do século XX por toda a cidade. A seguir, três fotografias onde aparecem os bondes de segunda classe.
Na sequência, vemos alguns outros modelos de bondes – estes, elétricos – que seguiam cumprindo a função de atender a outras demandas da população, que não o transporte convencional de passageiros. O bonde ceroula circulava por ocasião das temporadas líricas, com seus assentos encapados para preservar os trajes de seus passageiros, além de conferir um certo ar de elegância e rigor à viagem.
Após a implantação dos bondes elétricos, o Serviço Postal dos Correios seguiu cumprindo a sua missão com os novos modelos.
Ademais, os bondes bagageiros se tornaram maiores e ainda mais essenciais e presentes na economia da cidade. “Usem bondes de carga. É serviço seguro”, dizia a propaganda. Nesta foto, vemos o bonde atendendo aos comerciantes do Mercado Municipal, então instalado na Praça XV.
Um bonde de assistência pública. Havia ainda um bonde especial para os doentes contagiosos.