A Alfândega

Num porto atlântico com grande atividade como o do Rio de Janeiro, recebendo e, sobretudo, embarcando tantas mercadorias de valor, era fundamental o controle aduaneiro. Desde o século XVI passou a existir a alfândega da cidade, criada como um setor da Provedoria da Fazenda Real em 1566.

Alfândega, 1856. Gravura de Pieter Gotfred Bertichen. Coleção Brasiliana Itaú

A alfândega é um símbolo da conexão do poder administrativo local com a Coroa Portuguesa, e mais tarde com o Estado Imperial. A cobrança dos impostos, fonte de riqueza governamental, surgia a partir desta parada obrigatória ao aportar na cidade. Por seus fiscais passavam produtos e principalmente pessoas, que eram registradas como mercadoria quando escravizadas.

Era comum os viajantes retratarem africanos com expressões vazias, “abobadas” e um tanto animalizadas. Essa narrativa cruzou séculos. Desembarque de escravizados na Alfândega. Johann Moritz Rugendas, 1835.

A aduana identificava, escrevia, descrevia, contava e estabelecia valores. Trata-se de uma das faces institucionais da chegada na cidade, que tem no comércio atlântico uma de suas mais importantes atividades.

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