Mesquitas no Rio
O islamismo está presente no Rio de Janeiro desde o período colonial, a partir da chegada de escravizados africanos que eram muçulmanos. No século XIX, há registros de livreiros da Corte que vendiam exemplares do Alcorão sobretudo a pessoas negras (escravizadas, livres ou libertas), que economizavam grandes quantias de dinheiro para adquirir o livro sagrado, que era bastante caro na época. Essa comunidade islâmica no Rio foi formada, em grande parte, por africanos e seus descendentes que migraram da Bahia para a capital do império.
Com a proibição do tráfico escravista (1850), os islamitas no Rio de Janeiro tornaram-se mais isolados e alguns de seus descendentes foram se incorporando a outras religiões. Porém, no fim do século XIX ainda era possível encontrar comunidades que mantinham o estudo do Alcorão e, depois da Primeira Guerra Mundial, houve um aumento dos muçulmanos, por conta da imigração de libaneses e sírios para o Brasil.
Devido ao aumento da presença muçulmana no Brasil, no século XX começaram a surgir oficialmente as mesquitas, sendo a mais antiga datada de 1929 e inaugurada em São Paulo. Na cidade do Rio de Janeiro, a chamada Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro (SBMRJ) foi inaugurada em 1951, em uma sala de um prédio comercial no centro da cidade, na Rua Gomes Freire, e foi uma iniciativa dos imigrantes sírios e libaneses que necessitavam de um local para se reunirem.
Em 1984, visando o conforto dos membros que, na época, já eram cerca de 500, a SBMRJ inaugurou uma mesquita em Jacarepaguá, que foi desativada em meados de 1990 por conta da dificuldade de acesso para grande parte dos membros. Em 2007, foi inaugurada a Mesquita da Luz, na rua Gonzaga Bastos, em Vila Isabel, com arquitetura tipicamente árabe. O templo funciona até hoje, recebe diariamente os fiéis e também está aberto para quem deseja conhecê-lo.
Atualmente, a maioria dos adeptos do Islã no Rio de Janeiro é de pessoas convertidas. De acordo com a pesquisa da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro, em 2015 existiam cerca de 2 mil muçulmanos no estado.
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