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Rua Larga Carhouse Location [Rua Larga (Marechal Floriano): Garagem de Bondes] – 29 jun. 1910 – Fotógrafo não identificado

A imagem de 1910 mostra um estágio dos preparativos para a construção da futura sede da Light. O muro frontal do terreno já havia sido demolido, assim como o edifício da Carris Urbanos. Nessa imagem, vê-se em primeiro plano um quiosque; havia muitos pela cidade. Originalmente concebidos para a venda de jornais, revistas e cartões-postais, com o passar do tempo foram alterando seu perfil – assim como ocorre com as bancas de jornal hoje em dia. Os quiosques viraram uma espécie de ‘mini-boteco’, passando a comercializar bebidas, salgados e outras guloseimas, artigos para fumantes e bilhetes de loteria. Frequentados pelas camadas mais pobres da cidade, entraram na mira das reformas urbanas do prefeito Pereira Passos até serem finalmente extintos.

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Rua Larga Carhouse – 03/11/1911 – Mortimer

A partir da iniciativa no início do século XX, implantou-se toda a infra-estrutura necessária para o início de um novo capítulo na história do Rio, pleno de progresso urbanístico (mas nem para todos, bem sabemos), conforto e uma radical mudança nos hábitos e costumes da população. Como não vemos a eletricidade, pouca atenção lhe damos no dia-a-dia. Sentimos sua falta apenas quando o fornecimento é interrompido e a vida para; é impossível viver sem ela! Construído em dezoito meses com estrutura metálica importada dos Estados Unidos, e inaugurado em 1912, o edifício sede da Light enquadra-se no estilo ‘Renascença Americana’ – uma corrente cultural e estilística que se manifestou na arquitetura e nas artes dos Estados Unidos daquele período; um neoclassicismo tardio com certo ecletismo, qual seja, uma mistura de estilos do passado. A entrada dos bondes se dava pelos vãos centrais, seguindo para os fundos do edifício.

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Rua Larga: Escritório Central - 03/12/1957 - Fotógrafo não identificado

O edifício sede passou por reformas quando já não cumpria a função adicional de estação de bondes. Em 1936, parte do saguão utilizado como acesso à antiga garagem transformou-se no saguão principal, incluindo uma recebedoria para atendimento ao público. Isto se refletiu em sua fachada – quem passa pela avenida Marechal Floriano hoje, não faz ideia de que ali onde vemos grandes vitrines existiram amplos vãos para a circulação dos bondes. O prédio principal do atual complexo, tombado pelo IPHAN em 1988, integra o Centro Cultural da Light, inaugurado em 1994 e que segue em atividade.

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Light: Saguão – 19/04/1905 – Rembrandt

Esta fotografia nos fornece muitas indicações de um modo de viver que se transformou radicalmente. A começar pelo dimensionamento do espaço – amplo e com pé direito bem alto –, o acabamento em mármore na parte inferior das paredes, os diversos ventiladores que asseguravam a circulação do ar, o bebedouro de água filtrada, a escarradeira (vale lembrar que a tuberculose era um sério problema de saúde pública), a cigarreira (porque fumava-se muito e em quase todos os ambientes) e um confortável banco de madeira maciça.

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Light: Escritório – 1936 – Rembrandt

O ambiente nos escritórios também era diferente, sem a típica compartimentalização tão em voga hoje. Por detrás do amplo balcão – “Pagamento de contas” – as mesas dos funcionários à vista.

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Detalhe da foto Light: Escritório – 1936 – Rembrandt

Vale mencionar que naqueles tempos, ir à Light para pagar uma conta era considerado, por muitos cidadãos e cidadãs, um bom programa. Pegar o bonde, passear pelas ruas cheias de novidades, entrar naquele edifício majestoso... e as filas representavam uma oportunidade para praticar a sociabilidade; convenhamos. Tudo bem diferente dos boletos de hoje em dia.

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Light and Power: Seção de Contabilidade – Augusto Malta

Nesta imagem, um exemplo de ambiente de trabalho interno, no edifício sede da Light – a Seção de Contabilidade. Observe-se a estrutura aparente de aço, as grades divisórias, as luminárias e o mobiliário.

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Detalhe da fotografia: Light and Power: Seção de Contabilidade – Augusto Malta

No detalhe da Seção de Contabilidade, pode-se observar melhor as funcionalidades do mobiliário, que incorporava uma estrutura mais alta, em metal ou madeira, para apoiar os grandes livros contábeis. A hierarquia funcional era marcada pelo vestuário. Vemos ainda calculadoras e um filtro de água, ao fundo.

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Light: Departamento de Engenharia – Augusto Malta – 10/06/1929

A datilógrafa à esquerda e os dois telefones à direita, além da confortável cadeira do funcionário ao centro, não deixam dúvidas sobre como eram diferentes, aqueles tempos. E para quem aprecia, vale atentar para as roupas e cortes de cabelo.

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Vista geral da Estação Central da Carris Urbana – Fotógrafo não identificado – 1905

Quando o bonde chegou à cidade do Rio de Janeiro, o processo de adaptação foi gradual. Inicialmente, o ritmo imposto pela novidade pouco mudou a realidade aqui vigente – afora a instalação de trilhos, o que obrigava os cidadãos a manterem sempre livres os seus caminhos, pois o bonde não podia fazer desvios. Nas ruas estreitas onde circulava nos dois sentidos e nos mesmos trilhos, havia situações em que se tornava necessário o uso do apito para comunicar sua presença e evitar contratempos.

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