Pedra do Sal

A Pedra do Sal, localizada no bairro da Saúde, tem seu nome em referência à antiga atividade desempenhada desde o período colonial – o sal que chegava no porto era descarregado na pedra por negros escravizados e distribuído nos trapiches de sal existentes no entorno. Entretanto, sua história carrega muitas marcas da presença e da cultura afrodiaspórica, percorreu os anos e até hoje é o local de preservação e exaltação dessa memória.

Imagem retirada de:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-11/rio-comemora-os-30-anos-da-pedra-do-sal-como-patrimonio-tombado

Seu 1º nome era Pedra da Prainha, acompanhando a denominação da região portuária. No início do séc. XX, a região que ia desde a Prainha até Praça XI foi chamada pelo compositor e pintor Heitor dos Prazeres de Pequena África, justamente porque a presença africana e afrodescendente na região passou a ser constante, principalmente, a partir do séc. XIX.
As casas das famosas tias Baianas que residiam nas imediações da pedra, desde o período colonial, funcionavam como refúgio e acolhida para libertos e fugitivos, além de servir refeições aos trabalhadores da região. Muitas dessas casas ficaram conhecidas como Casas de Zungu. Era nesses espaços que os batuques e cultos religiosos aos Orixás aconteciam. Essa tradição de acolher africanos e seus descendentes nas casas permaneceu no pós-abolição, com o aumento da migração interna para a capital.
Além de espaço de religiosidade, as casas das baianas da Pedra do Sal também foram fundamentais para o surgimento do samba. Os filhos de algumas tias, posteriormente, se tornariam ícones do gênero: Donga e João da Baiana, por exemplo. Também foi na Pedra do Sal que os primeiros ranchos carnavalescos foram criados. Hilário Jovino Ferreira, com um grupo que incluía a baiana Sadata da Pedra do Sal, criou, na década de 1890, o rancho que seria o embrião das futuras escolas de samba – o Rei de Ouro.
A Pedra do Sal é símbolo da herança e resistência cultural negra e, já no séc. XXI, passou a ser reivindicada como território do Quilombo Pedra do Sal, sendo certificado como quilombo urbano pela Fundação Palmares em 2005.

Hoje a Pedra do Sal mantém a tradição de reduto das expressões culturais negras e rodas de samba.

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