Berço dos subúrbios cariocas

Autora: Ana Carolina Neves

Irajá, bairro localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi a primeira grande região produtora da cidade. Além das plantações de cana-de-açúcar, também foi centro de escoamento da produção da região através do Portinho de Irajá, na foz do Rio Irajá e também através do canal do Rio Meriti e incontáveis canais secundários que levavam até a Baía de Guanabara, hoje poluídos.

O bairro abriga a atual Igreja Nossa Senhora da Apresentação, uma das mais antigas da cidade. Anteriormente nomeada Capela Barroca de Irajá, a igreja foi construída em 1613 por Gaspar da Costa e reformada por seu filho em 1644.

Atualmente, Irajá faz limite com bairros como Brás de Pina, Vila da Penha, Colégio, Coelho Neto e Vista Alegre. Antigamente a região era nomeada como “Freguesia de de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá” e estendia-se de São Cristóvão a Santa Cruz. Os terrenos de Jacarepaguá, Campo Grande e Engenho Velho, por exemplo, pertenceram à Freguesia de Irajá até o fim do século XVIII.

Ana Carolina Neves relata sua história com a Igreja Nossa Senhora da Apresentação: “Com apenas alguns meses fui batizada nessa igreja, então ela está presente no início da minha história. Embora eu não me recorde de nada, as fotos ilustram um dia muito simbólico e feliz para minha família.”

Igreja Nossa Senhora da Apresentação
fonte: Wikipédia
Acervo pessoal

Zilda, moradora de Irajá há 46 anos, conta como foi chegar no bairro: “O condomínio ainda estava na planta, eram poucos os conjuntos habitacionais construídos, não tinha mercado por perto e a feira era do outro lado da Avenida Brasil que na época, podia ser atravessada atravessar a pé”. Para quem passa pela Avenida Brasil diariamente é difícil acreditar que alguma vez foi possível atravessar sem ser pelas passarelas. A moradora também cita o restaurante “Gata de Irajá”, que está abandonado, mas é usado frequentemente como ponto de referência no bairro.

Gata de Irajá.
Fonte: Extra Globo

Artistas como Zeca Pagodinho e Gabrielzinho do Irajá residiam no bairro e, assim como na memória dos moradores, Irajá aparece na música, como em “Trilha do Amor”, do Grupo Revelação, “Samba do Irajá”, de Nei Lopes e Chico Buarque, ou “De Paris a Irajá”, de Jorge Aragão. A Quadra Chuchu Beleza reúne, tradicionalmente, rodas de samba e muita música aos finais de semana.

Irajá atualmente possui ótima infraestrutura, com mercados, hospital, Clínica da Família, igreja, cemitério, escolas, estação de metrô, praças, papelarias e a Unidade Grande Rio do Ceasa – segunda maior Central de Abastecimento da América Latina. Em 2011 o Shopping Via Brasil foi inaugurado como um lugar de lazer para os moradores do bairro, mas antigamente, o entretenimento era no Cine Irajá, uma sala de cinema que encerrou suas atividades nos anos 1980 e atualmente, no mesmo local está uma Igreja Universal.

Cesa.
Fonte: wikipédia
Cine Irajá.
Fonte: Facebook Irajá Notícia

O que não falta no bairro são memórias para recordar, seja de lugares que não existem mais, locais que foram ressignificados, festas, histórias de vida contadas por moradores, Irajá é um verdadeiro livro aberto que, em cada rua, abriga uma lembrança.

Fontes:

https://saibahistoria.blogspot.com/2006/07/histria-da-regio-de-iraj-rj_23.html

https://diariodorio.com/nome-dos-bairros-do-rio-de-janeiro/https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Apresenta%C3%A7%C3%A3

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